A Direcção Geral de Saúde (DGS) considera que os dois casos de febre de dengue detectados na Madeira, onde há outras 22 pessoas suspeitas de ter a doença, «pode configurar um surto» da doença no arquipélago.
Num comunicado emitido hoje à tarde, a DGS salvaguarda, no entanto, que «não há motivo para reacções alarmistas».
A doença, detectada há vários anos em mosquitos capturados na ilha, transmite-se apenas através da picada de uma espécie de mosquito, não havendo risco de contágio por contacto entre pessoas infectadas, segundo a DGS.
Leva três a sete dias a manifestar-se após a picada do mosquito e os sintomas poderão prolongar-se por até 14 dias.
A detecção dos casos levou os serviços de saúde da Madeira a recomendar, junto das autoridades sanitárias internacionais, que submetam a tratamento anti-insectos os aviões comerciais provenientes da região.
A DGS acrescenta no comunicado que, em caso de suspeita da doença, cujo principal sintoma é a febre, devem recorrer ao médico, mas nunca tomar aspirinas.
O dengue é uma doença originária da Ásia que totaliza anualmente 100 milhões de casos num universo populacional de 2,5 mil a 3.000 milhões de pessoas.
Lusa