Francisco George comentava à agência Lusa a oferta ilegal do medicamento na Internet, onde é vendido a preços muito superiores aos praticados legalmente, ou seja, mediante receita médica e nas farmácias portuguesas.
“O Oseltamivir não deve ser utilizado livremente, uma vez que a sua prescrição é estritamente médica”, sendo que “o uso indevido tem como consequência aumentar a probabilidade de surgirem resistências dos vírus ao medicamento”, afirmou à Lusa Francisco George.
“Está absolutamente indicada a prescrição pelo médico e, além disso, o medicamento deve ser tomado seguindo as indicações rigorosas do médico”, sublinhou.
“Não deve ser tomado em automedicação”, insistiu.
A agência Lusa consultou algumas dezenas de “sites” e encontrou o medicamento à venda por preços que chegam a atingir os 300 euros por cada embalagem de dez comprimidos, enquanto que o original, legalmente autorizado, custa pouco mais de 20 euros.
Confrontado com esta situação, o vice-presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), Hélder Mota Filipe, disse que o assunto merece a preocupação das autoridades de saúde, que já há algum tempo têm alertado para os riscos da venda ilegal de fármacos.
Lusa