Quem fala inglês, espanhol e português “consegue comunicar com mais de metade da população do mundo, circunstância que poderá abrir portas de sucesso profissional e pessoal a muitos jovens das comunidades açorianas nos EUA e pelo mundo fora”.
A afirmação é da Directora Regional das Comunidades e foi feita no XXXV Congresso de Educação e Cultura, que decorreu na cidade de Tulare, Califórnia, numa organização do Luso-American Education Foundation.
Graça Castanho apelou, por isso, aos pais que usem o português no lar, “pois essa é a única maneira natural e ecológica de aprendizagem das línguas e o garante do interesse pela sua aprendizagem formal, em contexto escolar, mais tarde”.
Lembrou igualmente a importância das gerações mais novas visitarem os Açores “para um encontro ou reencontro com as origens, com as raízes seculares que determinam formas de ser e de estar no mundo muito particulares dos açorianos que partiram e dos que ficaram nas ilhas”.
Para a Directora Regional das Comunidades, “a manutenção da língua portuguesa nos EUA, onde existem 50 milhões de falantes do espanhol, ganha uma relevância única e inusitada” naquela parte do globo, “uma vez que um indivíduo capaz de falar o idioma luso aprende com bastante facilidade o espanhol”.
Na ocasião, Graça Castanho fez ainda referência às actividades que a DRC planeia desenvolver com vista à aproximação dos Açores às comunidades açorianas ou açor-descendentes radicadas no estrangeiro, tendo destacado algumas iniciativas como o Prémio Jornalismo Comunidades, o Encontro de Órgãos de Comunicação Social, a Bolsa de Estudo Dias de Melo para alunos pré-universitários e o Congresso da Metrópolis sobre Migrações.