Hickey é o primeiro alto responsável que abandona a transportadora com sede em Dublin, depois da controvérsia com os erros cometidos na distribuição das férias dos pilotos, que originaram uma crise que atingiu milhares de passageiros.
O diretor de operações, que abandonará funções no final deste mês, era o principal responsável pela elaboração dos mapas de trabalho dos pilotos desde 2014.
O CEO (Chief Executive Officer) da Ryanair, Michael O’Leary, assegurou num comunicado que Hickey, que entrou na empresa em 1988 como engenheiro, “deu uma enorme contribuição”, sobretudo, disse, na melhoria da “qualidade e segurança das funções operativas e de engenharia” da empresa.
“Será difícil substituí-lo e agradecemos-lhe que fique como assessor para facilitar a transição para o seu sucessor”, declarou O’Leary, a quem algumas vozes criticas da empresa também pediram responsabilidades.
A companhia líder na Europa no setor ‘low cost’ anunciou em 27 de setembro uma “redução” do “calendário de inverno”, quando deixar de operar 25 dos mais de 400 aviões que compõem a frota, que atingirá 18.000 voos e 400.000 passageiros.
A Ryanair já tinha comunicado em 15 de setembro a suspensão de 2.100 viagens durante seis semanas, devido ao referido erro na distribuição das férias dos pilotos.
O’Leary insistiu que esta situação não foi provocada pela falta de pilotos, mas pelas falhas cometidas na elaboração dos mapas de trabalho dos pilotos, ao mesmo tempo que estimou em mais de 20 milhões de euros o custo das devoluções, remarcações e compensações aos clientes atingidos.
Mesmo assim, o CEO escreveu uma carta aos pilotos para lhes oferecer aumentos salariais e melhoria das condições de trabalho, com o objetivo de ficarem na transportadora aérea.
Lusa