O Diretor Regional das Comunidades salientou ontem, em Angra do Heroísmo, que a diáspora açoriana constitui “motivo de orgulho para a Região, uma vez que se trata de comunidades sólidas, ativas, empreendedoras e solidárias que contribuem para o desenvolvimento dos Açores e das respetivas sociedades de acolhimento”.
Paulo Teves, que falava no painel A diáspora e identidade açorianas: o caminho para realçar o potencial dos Açores?, no âmbito da 1.ª edição da Universidade de Verão do Instituto Açoriano de Estudos Europeus e Relações Internacionais, destacou o papel das comunidades açorianas, referindo-se às mesmas como uma importante “dimensão da Açorianidade”.
“As comunidades açorianas emigradas possuem o que temos de melhor, as pessoas, com o seu árduo trabalho, a sua dedicação e espírito solidário, com a preservação e divulgação das nossas manifestações identitárias”, afirmou Paulo Teves.
O Diretor Regional das Comunidades salientou também a existência de um profícuo desenvolvimento de relações entre a Região e a sua diáspora, defendendo que as mesmas “personificam a cultura de origem, fomentam as ligações económicas e políticas, fortalecem os elos familiares e sociais e promovem os interesses regionais” no estrangeiro.
Paulo Teves relevou, igualmente, a importância da participação ativa dos emigrantes açorianos e seus descendentes nas sociedades de acolhimento, de modo a defenderem os seus interesses e os do arquipélago.
“Uma comunidade que participa empenhadamente no desenvolvimento da sociedade de acolhimento, que elege e é eleita, que estimula e dinamiza as mais-valias do associativismo, granjeia a simpatia e o reconhecimento da comunidade anfitriã”, referiu o diretor regional.
Paulo Teves realçou ainda que o Governo dos Açores, ao longo dos anos, tem promovido e apoiado iniciativas que muito contribuem para a “abertura e afirmação social, cultural e económica dos Açores” na diáspora.
A concluir, o Diretor Regional das Comunidades afirmou que estamos a assistir a um “rejuvenescimento das associações, capaz de transmitir um valioso legado cultural às gerações vindouras” e lembrou que cada açoriano e açordescendente “na sua residência, no seu trabalho, na sua ação associativa, é um verdadeiro representante e embaixador dos Açores”.