O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou hoje, no Faial, que a diversificação agrícola nos Açores tem tido um “crescimento exponencial”, quer ao nível do número de produtores, quer da área agrícola, o que permitirá no futuro reduzir importações e criar mais emprego e riqueza.
“Nos últimos oito anos, passou-se de cerca de 190 para mais de 700 produtores e, nos últimos seis anos, a área afeta à diversificação agrícola tem crescido 100 hectares ao ano”, salientou João Ponte, que falava durante a visita a um projeto de investimento na área da produção de próteas.
Para o titular da pasta da Agricultura, a aposta na horticultura, floricultura e fruticultura é importante e pode garantir que os Açores serão capazes, no futuro, de assegurar um maior abastecimento do mercado local, reduzindo as importações, com claras vantagens para a economia regional.
“Sabemos que nem tudo podemos produzir nos Açores e que há um longo caminho a percorrer, mas os números atuais são esperançosos”, destacou João Ponte, adiantando que, no âmbito do PRORURAL, 13% dos projetos de primeira instalação eram afetos à diversificação agrícola, enquanto no atual quadro comunitário, no PRORURAL+, passou para 30%.
Relativamente ao projeto de investimento de uma jovem empreendedora do Faial que hoje visitou, o Secretário Regional considerou que se trata de “um bom exemplo de aproveitamento dos fundos comunitários” e que se insere na política do Governo dos Açores para o setor agrícola, ou seja, uma aposta clara na área da diversificação.
João Ponte salientou ainda que, no âmbito do PRORURAL+, já deram entrada 23 projetos no âmbito da floricultura, representando um investimento de 1,9 milhões de euros e uma despesa pública de 1,4 milhões de euros.
“Destes 23 projetos, 10 são do Faial”, afirmou, acrescentando que “surgiram também 10 primeiras instalações, das quais oito no Faial”, considerando que estes dados são bem reveladores da aposta da ilha do Faial na floricultura.
O Secretário Regional frisou que os Açores são o segundo maior produtor de próteas da Europa, destacando que, em 2016, a ilha do Faial mais do que duplicou a produção desta flor ornamental, passando de 70 mil hastes para cerca de 150 mil, e a Terceira passou de 1,3 milhões para dois milhões de hastes, a grande maioria das quais se destina à exportação para a Holanda.
Açores 24Horas / Gacs