Continua a debater-se na Assembleia Legislativa Regional dos Açores o documento proposto pelo Governo Regional sobre a reestruturação do Serviço Regional de Saúde (SRS), apresentado em maio e que se encontra em discussão pública até 16 de julho.
Todos os partidos da oposição lamentam a posição do governo em relação a esta matéria, consentânea na defesa de que o documento apresentado é um retrocesso no Serviço Regional de Saúde atualmente em vigor.
Segundo o PCP, está “ não é uma proposta de reestruturação, no sentido em que não aborda os grandes problemas do sistema. Não faz alterações de fundo que permitam enfrentá-los, nem superá-los. Deixa de lado a grande questão, que está na mente de todos, que é o do endividamento do Serviço Regional de Saúde”, defendeu Aníbal Pires.
Zuraída Soares, do Bloco de Esquerdo, considerou que este é um documento incompleto que ”em análise não responde aos problemas, a sua filosofia está errada e a ser implementado, é prejudicial aos açorianos”, considerando que “pese embora os problemas e deficiência”, o atual SRS é bom.
“O Governo Regional está isolado, não tendo acomodado os contributos que lhes demos, é um retrocesso nos cuidados de saúde nos Açores, tal como os conhecemos”, defendeu Artur Lima, presidente da bancada do CPS-PP, acrescentando que “perigosamente, o Governo faz uso e abuso de rácios e padrões internacionais para justificar as suas opções, desprezando a realidade arquipelágica e demográfica dos Açores”.
Já o PSD/A reiterou a sua opinião de que o “Governo Regional deve esquecer esta proposta”, por não fazer sentido uma reforma “tão má que conseguiu ser rejeitada pelos partidos políticos da oposição, pelos profissionais do setor da saúde e pelos próprios utentes”, afirmou Duarte Freitas, lider do PSD/A.
Paulo Estevão sobre o assunto diz que este é um documento a ser refeito, porque a proposta de reestruturação “não pode ser salva, porque não é remendável”.
Este debate sobre a reestruturação do SRS foi pedido pela oposição, a que se seguirá outro, sobre o mesmo tema, pedido pelo governo açoriano.
Açores24horas