“Os danos são de alguma gravidade e obrigam à deslocação de sete técnicos da companhia para reparar a aeronave, que deveria ter partido às 10:35 (11:35 de Lisboa), mas agora ainda não tem hora de partida”, adiantou a mesma fonte, referindo-se ao voo 1822.
Este “é o terceiro acidente do mesmo género em três dias, uma vez que, com embates mais ligeiros, foram afectados os voos 1826 do passado dia 04 e 1828 do dia 05”.
“Estamos preocupados com a situação, com os custos de reparação e do atendimento aos passageiros retidos”, disse a mesma fonte das relações públicas da TAP.
A TAP lamenta que “o aeroporto das Lajes ainda não possua qualquer restaurante, o que obriga à deslocação dos passageiros para Angra do Heroísmo”, cidade a 28 quilómetros do aeroporto.
Também hoje um voo da companhia açoriana SATA-Internacional foi “atingido por um embate de ave” no mesmo local, obrigando a reparações no avião, que só deverá partir cerca das 23:00 (00:00 em Lisboa) com destino aos EUA, disse à Lusa José Gamboa, das relações públicas da companhia.
“Ainda não estão feitas as estimativas dos estragos, excepto os custos com a retenção de 218 passageiros do voo”, disse José Gamboa.
Contactado pela Lusa, o comando militar português da Base das Lajes “confirma as situações”, adiantando que “se está a proceder à análise de apuramento das causas” dos incidentes.
“Não temos já memória de quando foi a última vez que aconteceu uma situação semelhante, o que assegura que são situações raras e pontuais”, acrescentou o porta-voz da Força Aérea Portuguesa.
O mesmo representante adiantou que “o grupo de proteção a acidentes já está a estudar o assunto”, mas o mais provável “é dever-se a um aumento do número de aves migratórias que se estão a agrupar neste local”.
“Contudo, as situações de segurança para as aeronaves não estão em causa”, assegurou.