“Na verdade, nós temos dois casos confirmados e uma [terceira] situação que não se confirmou e, apesar de ter as queixas gripais, não foi feito o diagnóstico de gripe A”, adiantou José Carvalho.
Segundo o médico, os dois idosos estão internados no Hospital Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, por uma questão de “prevenção”, mas nenhum deles corre risco de vida.
“As duas situações estão estáveis, estão internadas no (serviço) de doenças infetocontagiosas, mas estão estáveis, com uma boa evolução, não houve complicações até agora”, disse.
José Carvalho lembra que se trata de “um grupo de risco” em que a gripe A “poderá trazer consequências graves” e que por isso “o isolamento” é importante para evitar que o vírus H1N1 se propague para “outros” utentes do lar de idosos do Bom Jesus, em Rabo de Peixe, na Ribeira Grande.
“Neste momento é vigilância apertada, com verificação de temperatura e avaliação de queixas clínicas com maior frequência e isolamento de situações que possam levar a acreditar que seja gripe, mas essas instruções já foram dadas ao pessoal do lar. Eu estive a conversar com a diretora clínica de lá e essas diligências já foram todas tomadas e estamos atentos e em cima da situação”, garantiu.
O delegado de saúde da Ribeira Grande assegura que não tem conhecimento de “outros casos”, mas admite a possibilidade de haver mais situações.
“Eu não posso afirmar que não haja mais casos de gripe A no concelho da Ribeira Grande, os casos que eu tive conhecimento, através do diretor clínico do Hospital de Ponta Delgada, foram esses [dois] e é uma situação que deve ser realmente reportada porque trata-se de um lar”, sublinhou.
Fonte do Governo Regional dos Açores admitiu à agência Lusa que “esporadicamente” possam aparecer casos de gripe A, nos Açores, garantindo, no entanto, que até ao momento “não existe qualquer caso de mortalidade”.
Lusa