Um veleiro francês que estava a ser resgatado a cerca de 500 milhas náuticas a sul dos Açores afundou-se hoje de madrugada, encontrando-se desaparecidos dois dos quatro tripulantes, disse à Lusa o porta-voz da Marinha Portuguesa.
Em declarações à agência Lusa, Paulo Vicente avançou que o último caso do resgate de cinco veleiros que ocorreu desde a madrugada de quarta-feira, nomeadamente o veleiro francês com quatro tripulantes a bordo, não correu da melhor forma.
“Quando o navio mercante de Hong Kong se estava a aproximar do local para lhe prestar assistência [ao veleiro francês], este afundou-se. Dois dos tripulantes conseguiram entrar para o bote salva-vidas e os outros dois saltaram para a água e estão desaparecidos, explicou Paulo Vicente.
De acordo com o porta-voz da Marinha, as condições meteorológicas hoje são mais favoráveis do que na quarta-feira, embora sejam ainda “adversas, com o vento mais fraco ainda assim”, sendo a temperatura da água do mar de 21 graus, enquanto a ondulação baixou para metade, já que hoje fazem sentir-se ondas de cinco metros, contra as de dez metros registadas quarta-feira.
“Aconteceu há cerca de seis horas [cerca das 02:00]. Aconteceu a 400 milhas náuticas [800 km] a sudoeste da ilha das Flores, Açores, mesmo no meio do oceano Atlântico”, explicou Paulo Vicente.
Na zona, encontram-se um navio mercante com bandeira de Hong Kong e um avião P3 da Força Aérea portuguesa, encontrando-se a caminho outro navio mercante.
A Marinha Portuguesa resgatou durante o dia de quarta-feira e hoje 12 pessoas de cinco veleiros que se encontravam a navegar a 500 milhas a sul dos Açores, depois de um pedido de auxílio devido às condições meteorológicas adversas com ondas de dez metros, encontrando-se ainda a auxiliar um outro veleiro.
“Devido às condições meteorológicas muito adversas que estavam no oceano Atlântico, uma depressão cavada a cerca de 500 milhas a sul dos Açores, várias embarcações pediram auxílio, houve cinco veleiros em que foi necessário evacuar os tripulantes, tendo os alertas começado às duas da manhã de ontem [quarta-feira], e prolongaram-se durante o dia”, explicou Paulo Vicente.
Lusa