Sobre esta questão, disse que o PSD pretende manter um canal público em que se enquadre a RTP/Açores, acusando os socialistas de “assustar os eleitores com algo que nunca passou pela cabeça do PSD”, numa referência às declarações de dirigentes socialistas sobre os perigos de acabar a RTP/Açores enquanto serviço público de televisão com a eventual privatização da RTP.
“Todo este esforço de mistificação do PS não ilude uma verdade que querem esconder, cada família açoriana vai pagar mais 400 euros de impostos para os bolsos do governo, por via do aumento do IVA, do IRS e do IRC”, afirmou Duarte Freitas numa declaração política no plenário do parlamento regional, que hoje iniciou a sessão de Maio.
Para o líder parlamentar do PSD/Açores, “o egoísmo de Carlos César (presidente do governo regional e do PS/Açores) revela-se quando desvaloriza a redução do diferencial fiscal entre os Açores e o continente, que constitui o maior aumento de impostos de que há memória na história da autonomia”.
Para inverter este quadro, Duarte Freitas defendeu a necessidade de mudar, frisando que “falar verdade aos eleitores acerca da situação económica, social e política será um bom começo”.
“Quem quer mudar tem de depositar a sua confiança em quem lhe possa garantir que vamos, de facto, mudar de governo e mudar de vida”, frisou, num apelo ao voto no PSD nas eleições legislativas de 5 de Junho.
Na sua intervenção, Duarte Freitas afirmou que o PSD defende um “Estado Social sustentável”, mas alertou para os “constrangimentos” que este modelo sofre na actual conjuntura.
“Na actual conjuntura é impensável optar por caminhos que diminuam ainda mais os níveis de protecção social dos mais desfavorecidos ou que impliquem um esforço financeiro adicional que o país não pode suportar, mas também é impensável que, através da inação, se venha a comprometer a sustentabilidade do sistema no futuro”, afirmou.
Nesse sentido, defendeu a “necessidade de mudar”, frisando que “o PSD quer colocar a austeridade do lado da máquina do Estado, favorecendo as pessoas”.
Na resposta, o vice-presidente do executivo açoriano, Sérgio Ávila, considerou “completamente falso” que a redução do diferencial de impostos entre os Açores e o continente, de 30 para 20 por cento, seja o maior aumento de impostos da história da autonomia.
Sérgio Ávila defendeu que esta redução vai apenas abranger uma percentagem reduzida de açorianos.