O presidente do Governo dos Açores recebeu esta quarta-feira, em Bruxelas, a promessa do presidente da Comissão Europeia de continuar dar uma ajuda particular às regiões mais afastadas do centro da Europa, como aquele arquipélago.
“Foi claramente dito pelo presidente da Comissão Europeia que o tratamento em termos de discriminação positiva ter-se-á de manter e mesmo intensificar”, disse Carlos César, à saída de uma reunião com José Manuel Durão Barroso.
O dirigente açoriano fazia parte de uma delegação da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas da Europa (CRPM) que debateu com o presidente do executivo comunitário as perspectivas financeiras da União Europeia para o próximo quadro orçamental europeu 2014-2020.
Num contexto internacional caracterizado pelo arrastamento da crise financeira e económica, receia-se que as regiões europeias mais ricas tenham menos dinheiro para apoiar as zonas mais pobres e periféricas.
Para Carlos César “há um círculo vicioso”, porque “não há recursos para a política regional se os países não resolverem os seus problemas financeiros”, mas “também não há coesão, e a Europa de um ponto de vista regional desfaz-se em pedaços, se não existir uma política social suportada por um orçamento que faça a diferença”.
As chamadas Regiões Ultraperiféricas (RUP) europeias, como os Açores e a Madeira, recebem apoios para compensar a sua maior distância em relação ao centro do continente, a sua insularidade e outras condições menos favoráveis.
Os Estados-membros da União Europeia estão a debater o próximo quadro comunitário orçamental que irá dar continuidade ao actual que termina em 2013.