O número de habitações totalmente destruídas pelo incêndio que começou no dia 17 em Pedrógão Grande já ultrapassa as 200, disse hoje ao final do dia o presidente do município, Valdemar Alves, que considerou a situação catastrófica.
“É um desastre e o levantamento continua a ser feito pelos técnicos. Queremos ver se encerramos o levantamento na quarta-feira. As habitações destruídas são muitas. Enfim, não poderei dar um número exato, mas são muitas, para cima de 200 habitações”, afirmou.
O autarca disse que visitou hoje os lugares de Nodeirinho e Figueira — dos mais atingidos pelo fogo que provocou a morte a 64 pessoas -, e explicou que a situação ao nível das habitações nestas duas localidades é “muito preocupante”.
“É uma coisa aflitiva. O número de habitações completamente ardidas e com destruição mesmo total é demasiado elevado. É uma catástrofe. Parece que passaram ali uns bombardeiros e deixaram cair bombas”, frisou.
Já em relação às garantias para a recuperação dos imóveis, Valdemar Alves adiantou que tem as garantias do Governo.
“Os fundos vão ser também dirigidos para a recuperação das habitações. Tenho a promessa e ela vai ser cumprida”, concluiu.
O incêndio que deflagrou no dia 17 em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto no sábado.
O fogo atingiu também os concelhos de Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, no distrito de Leiria, e chegou aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
Lusa