“É esta nossa diferença, do que somos como Povo e como Região, que faz Portugal mais forte”, afirma Vasco Cordeiro

Foto de Arquivo / Gacs

O Presidente do Governo afirmou hoje, no Palácio de Santana, nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que, nos Açores, “Portugal é diferente”, uma realidade que faz o país ser mais forte.

“Esta nossa diferença não nos diminui em nada. No fundo, é esta nossa diferença, do que somos como Povo e como Região, que faz Portugal mais forte”, afirmou Vasco Cordeiro.

O Presidente do Governo falava após a apresentação de cumprimentos do Corpo Diplomático acreditado em Portugal ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorrem, este ano, nos Açores.

“Os Açores são terra de mar. Damos dimensão estratégica e damos importância pela terra que temos e pelo mar que trazemos. Nesta nova fronteira, que já suscita a cobiça de muitos, Portugal é o que é, porque os Açores são o que são”, salientou Vasco Cordeiro.

Na sua intervenção, o Presidente do Governo adiantou ainda que os Açores dão o seu empenho e o seu território na “construção de pontes e parcerias para a paz, para a ciência e para o conhecimento”, e dão, também, “testemunho de uma Autonomia que foi, é e quer mais ser por causa dos desafios que já venceu, mas, sobretudo, por causa dos desafios que quer vencer”.

Além disso, a Região Autónoma dos Açores dá presença em áreas de vanguarda da exploração e do conhecimento espacial, reforçando a importância e a mais valia de Portugal, destacou Vasco Cordeiro, para quem “é por tudo isto, e por tanto mais, que não podem restar dúvidas que, aqui, Portugal é diferente”.

“E não queremos que deixe de ser Portugal, mas também não queremos que deixe de ser diferente”, disse.

Depois de salientar que a História e a Geografia deram forma aos Açores, Vasco Cordeiro sublinhou que é o “intenso orgulho na palavra Açor”, nas palavras de Sophia de Mello Breyner, que dá o “sopro de vida a esta identidade que empunhamos”.

“E esse orgulho não é vão, nem é vazio. É, desde logo, o orgulho que pode ter, é o orgulho que tem, quem aqui resiste a tempestades e a terramotos, a vulcões e a piratas, De quem já resistiu à fome, às pragas, à solidão e, em alguns casos, ao esquecimento”, disse.

Neste “intenso orgulho na palavra Açor” está também o orgulho do que os Açores deram e do que dão pelo país, disse o Presidente do Governo, apontando os exemplos de Presidentes da República, cientistas, militares, embaixadores, ministros, escritores, pensadores, políticos e poetas.

“Demos Homens e Mulheres desconhecidos que, nas Américas e não só, pelo seu suor e pelas suas lágrimas, afirmaram e afirmam Portugal aí. Demos guarida ao último reduto da nacionalidade e fomos ponto de impulso para as batalhas pela modernidade. Demos homens e demos jovens que, por Portugal, deixaram a sua vida num qualquer campo de batalha e que, mesmo quando aí não deixaram a vida, em muitos casos, deixaram partes de si próprios, do corpo ou do espírito”, afirmou.

“E tudo isto fizemos sem nunca impormos condições nem moedas de troca. Tudo isto fizemos com um intenso orgulho na palavra Açor”, frisou o Presidente do Governo.

 

 

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