É preciso ligar “investimento a resultados concretos” na área tecnológica

O Governo dos Açores destacou hoje a importância de “ligar o investimento a resultados concretos”, salientando a importância do Parque Tecnológico de S. Miguel na criação de condições para que as empresas se tornem mais competitivas e rentáveis.

“É preciso caminhar rapidamente para que a economia do conhecimento dê resultados, é necessária uma atitude de inovação, risco e mudança para atingir novos patamares”, afirmou José Contente, secretário regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos.

Para José Contente, é importante que “a investigação seja útil para resolver os problemas dos Açores”, frisando que “os apoios públicos só se justificam se as empresas trabalharem para ser úteis à sociedade”.

O secretário regional falava na cerimónia de assinatura de um protocolo de cooperação entre os parques de Ciência e Tecnologia de S. Miguel (NONAGON), do Porto (PortusPark) e da Maia (TecMaia), tendo em vista reforçar as ligações da infraestrutura que está a ser construída nos Açores a outras já em funcionamento no continente.

O NONAGON, nome com que foi batizado o Parque Tecnológico de S. Miguel, será dedicado ao desenvolvimento das tecnologias de informação, comunicação e monitorização, consideradas “áreas de inquestionável prioridade ao nível da construção da sociedade da informação e do conhecimento”.

Para as autoridades regionais, a aposta nestas áreas visa “apostar na formação de recursos humanos qualificados”, mas também criar “condições de exceção para a dinamização tecnológica nestes domínios”.

Os dados hoje divulgados referem que o NONAGON, que está a ser construído na Lagoa, será constituído por quatro edifícios principais.

O Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação dos Açores, que se destina à instalação de serviços e infraestruturas de apoio às empresas instaladas no parque, contará com um ‘Data Center e Disaster Recovery Center’, para sistemas redundantes e ‘backups’ de infraestruturas informáticas das instituições sedeadas no parque.

Este edifício albergará ainda o Centro de Conferências e Exposições, o Centro de Comunicações e Tecnologias de Informação, o Centro de Inteligência Competitiva, o Business Innovation Center e uma incubadora tecnológica, para promover a criação de empresas ‘spin-off’ e apoiar ideias inovadoras de base tecnológica.

O segundo edifício será o Centro de Tecnologias de Monitorização e Alertas, que receberá o GeoTech, para instalação de empresas relacionadas com a vulcanologia, e o Laboratório Internacional de Vulcanologia Aplicada dos Açores, além do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores.

O terceiro edifício será o Centro de Formação e Desenvolvimento Tecnológico, que acolherá um Espaço TIC, para acesso gratuito à Internet em banda larga, o ProTech, para projetos relacionados com a propriedade intelectual e o registo de patentes, e o InfoTech, vocacionado para as novas tecnologias.

Neste edifício ficará ainda o EduTech, que incluirá o Centro de Matemática Aplicada e Tecnologias de Informação da Universidade dos Açores e a Escola de Novas Tecnologias dos Açores.

O quarto edifício será o Centro Empresarial de Tecnologias de Informação e Comunicação, com espaços entre 300 e 1.000 metros quadrados para albergar empresas.

 

Lusa

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