“Dado que as touradas nunca foram uma tradição na ilha de S. Miguel, incitamos a população a mostrar aos seus representantes autárquicos que é contra a introdução deste tipo de entretenimento desrespeitador dos direitos dos animais no seu território”, refere a associação, num comunicado enviado à Lusa.
Nesse sentido, propõe que o envio de mensagens aos presidentes das câmaras de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Lagoa, Vila Franca do Campo, Povoação e Nordeste.
A mensagem proposta, apela aos autarcas para que adoptem “uma posição exemplar e pioneira de condenação e rejeição oficiais das touradas”.
O apelo dos Amigos dos Açores surge numa altura em que, depois da realização de duas touradas na Ribeira Grande, se anunciam espectáculos tauromáquicos para os municípios da Lagoa e Ponta Delgada.
“Depois do insucesso da introdução da sorte de varas nos Açores, têm sido fortes as pressões para a expansão das touradas à corda em S. Miguel”, alertam os ecologistas, para quem esta situação se deve “ao crescimento do negócio tauromáquico na Terceira, que começa a ter necessidade de se expandir para outros locais para se tornar sustentável financeiramente”.
Para os Amigos dos Açores, a ilha de S. Miguel, “por ser a maior e mais populosa, é, aos olhos dos operadores deste sector, um território de potencialidade”, denunciando a “conivência de representantes políticos” nesta “tentativa de proliferação” dos espectáculos tauromáquicos no arquipélago.
O movimento internacional de municípios livres de touradas abrange actualmente países como a Colômbia, Equador, França, Espanha e Venezuela, além de Portugal, onde já declararam esse estatuto os municípios de Viana do Castelo, Braga, Cascais e Sintra.
Lusa