Educação não pode ser fundamentada na economia e na competitividade

escola educacao professorA educação tem “uma ética e fundamentos próprios”, não é a “economia, nem a competitividade do país que têm de a fundamentar”, sustentou que, em Coimbra, o antigo secretário de Estado Joaquim Azevedo.
Além disso, “há uma confusão entre economia de dinheiro” e o “desvirtuar dos princípios e fundamentos da escola”, defendeu o ex-governante, que falava numa conferência promovida pela Federação Nacional da Educação (FNE).

“Os mega-agrupamentos” de escolas são “uma mega asneira”, afirmou o catedrático da Universidade Católica, considerando que “desvirtuam a escola e a educação”, que “assentam no princípio da humanização e da proximidade”.

Criticando as constantes mudanças de políticas educativas que têm caracterizado as últimas décadas no nosso país, Joaquim Azevedo disse que “é necessário mudar o paradigma da mudança permanente” e “colocar a educação numa rota de melhoria gradual”.

A educação em Portugal teve, no entanto, nas últimas décadas, “uma evolução muito positiva”, reconheceu. Mas se mantivermos o ritmo, “para atingirmos as actuais médias de escolarização, a nível do secundário, para os níveis actuais da OCDE, precisamos de 20 anos”, alertou o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário em 1992/93.

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here