“Foi o mandato que o comandante Presidente Hugo Chávez nos deu”, afirmou Elias Jaua ao canal de televisão Telesur.
Juan não especificou se a eleição seria realizada dentro de 30 dias ou se a data seria escolhida durante esse período. A Constituição diz que uma eleição deve ser realizada “dentro dos próximos 30 dias consecutivos”.
O governo da Venezuela e a oposição apresentaram, nos últimos meses, interpretações divergentes da Constituição em caso de morte de Chávez, que foi reeleito Presidente em outubro.
O líder da oposição Henrique Capriles, que perdeu as eleições para Chávez, pediu ao governo para “agir estritamente no âmbito do seu dever constitucional”.
A oposição defende que a constituição indica que o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, deve assumir a liderança do país em caso de morte do Presidente.
Mas antes de ir para Cuba para se submeter a nova operação ao cancro em dezembro, Chávez disse que Maduro devia assumir o poder caso ele ficasse incapacitado.
A constituição indica que o Presidente da Assembleia Nacional deve assumir o poder se o Presidente morrer antes de tomar posse do novo mandato.
Chávez não compareceu à tomada de posse agendada para 10 de janeiro, mas o Supremo Tribunal aprovou um adiamento e decidiu que não haveria interrupção entre governos.
Fernando Soto Rojas, um deputado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) também disse, em anteriores declarações, que o presidente da Assembleia Nacional devia assumir a liderança do país face a esse cenário.
“Não há nenhum vazio de poder. A Assembleia Nacional com o seu presidente Diosdado Cabello deve assumir o poder e mais tarde iremos, sem dúvida, iniciar o processo eleitoral”, disse Soto Rojas à televisão estatal, citado pela AFP, sustentando que apoia Maduro como candidato às eleições.
Lusa