Um programa que visa melhorar a qualidade da água balnear no ilhéu de Vila Franca do Campo, tendo como objetivo determinar as causas verificadas no ano transato, está em curso.
Para o efeito, além das intervenções da responsabilidade de outras entidades, no que ao Parque Natural de Ilha de São Miguel diz respeito, e considerando o aumento do número de gaivotas (‘Larus michahellis atlantis’) que passaram a nidificar nesta área protegida, foram instaladas pelos Vigilantes da Natureza barreiras físicas, utilizando fios de seda, em sistema de rede, com o objetivo de dissuadir/impedir o pouso das gaivotas na zona balnear da referida área.
A permanência das gaivotas nesta área tem causado alguns constrangimentos à fruição da zona balnear, devido aos impactos associados à quantidade de dejetos, resíduos e consequentes maus cheiros e que, em parte, poderão estar relacionados com a qualidade da água balnear.
Em consequência, “tratando-se de uma medida inofensiva, revelou-se a curto-prazo eficaz, passando as gaivotas a ocupar a zona exterior de falésia, encontrando-se a zona balnear em condições para o usufruto balnear”, revelou o Executivo Regional, referindo que desde a implementação das referidas barreiras físicas, é feito um acompanhamento assíduo por parte dos Vigilantes da Natureza, de forma a avaliar os resultados das medidas adotadas e a sua eficácia.
Segundo a Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, liderada por Alonso Miguel, “considerando o sucesso desta medida, a mesma ficará instalada até finais de junho, e a sua permanência será avaliada de acordo com os resultados obtidos”.
Este programa está a ser implementado por várias entidades, nomeadamente pela Direção Regional dos Assuntos do Mar, Parque Natural de Ilha de São Miguel, Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, Clube Naval de Vila Franca do Campo, Capitania do Porto de Ponta Delgada, Direção Regional das Pescas e Delegação de Saúde de Vila Franca do Campo.