“A componente marítima é muito importante. Num contexto em que os nossos países enfrentam problemas económicos e financeiros e constrangimentos orçamentais temos que reforçar os nossos laços para fazer mais com menos”, afirmou o diplomata francês, que também considerou “desejável reforçar a cooperação entre as forças armadas francesas e portuguesas para lidar com os problemas de segurança que se colocam no mundo”.
Pascal Teixeira da Silva, que falava aos jornalistas no final de uma audiência com o presidente do Governo dos Açores, frisou que a combinação de recursos e esforços “faz cada vez mais sentido”.
O embaixador francês, que é lusodescendente pelo lado paterno, destacou a posição estratégica e a grande tradição marítima de Portugal, salientando que as características geográficas e históricas dos dois países fazem com que “sejam parceiros naturais” para cooperar.
“Portugal é e deve ser um parceiro muito importante”, afirmou, recordando que os portos portugueses do continente e das regiões autónomas registam cerca de 30 escalas por ano de navios da armada francesa, o que demonstra “a importância do espaço marítimo português para as atividades da armada francesa”.
O diplomata francês, que se encontra pela primeira vez nos Açores, deslocou-se a Ponta Delgada a propósito da presença no porto desta cidade de um navio de guerra do seu país, o ‘Mistral’.
Por seu lado, Carlos César, presidente do Governo dos Açores, destacou a relação afetiva e de amizade entre os açorianos e os franceses, salientando a ligação que existe no ponto de vista turístico, mas também no quadro das regiões ultraperiféricas da União Europeia.
Lusa