O Twitter e o Facebook cortaram o acesso aos seus dados a uma empresa de análise, que, segundo um organismo de defesa dos direitos cívicos, estava a ajudar a polícia a monitorizar manifestantes durante movimentos de protesto.
A American Civil Liberties Union (ACLU) referiu, em comunicado, ter tido acesso a documentos que “mostram que o Twitter, Facebook e Instragam deram acesso aos dados dos seus usuários à Geofeedia, que desenvolveu um produto de monitorização das redes sociais, que foi vendida às forças de segurança para monitorizarem ativistas e manifestantes”.
A Geofeedia referiu que disponibiliza serviços de segurança ao público e empresas, educação e marketing, através de uma plataforma ‘online’ para “prever, analisar e reagir em tempo real aos conteúdos nas redes sociais independentemente da sua localização”.
“É um facto comprovado que em Oakland (Califórnia) e em Baltimore (Maryland), a polícia usou a Geofeedia para monitorizar os movimentos dos protestos”, afirmou a ACLU.
“Com base nas informações da ACLU, suspendemos imediatamente o acesso comercial da Geofeedia aos conteúdos do Twitter”, anunciou aquela rede social.
O Facebook anunciou igualmente que cortou o acesso da Geofeedia à sua plataforma, considerando que a empresa violou as condições de utilização.
Lusa