As Comissões do Planeamento Urbano e do Comércio da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH) reivindicam alternativas imediatas para o estacionamento na cidade de Angra do Heroísmo, capazes de compensar os espaços perdidos em virtude das obras da Baía da cidade, “salvaguardando os interesses dos habitantes e dos comerciantes da cidade”.
As obras de requalificação da Baía de Angra originaram o encerramento das estradas Pêro Barcelos e Gaspar Côrte-Real, duas artérias “importantes” para o fluxo do trânsito e estacionamento de viaturas na cidade, o que levou estes organismos a questionar a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Governo Regional e Portos dos Açores sobre a tomada de medidas “urgentes para mitigar os constrangimentos provocados pela supressão de dezenas de lugares de estacionamento em pleno centro da cidade de Angra do Heroísmo”.
As Comissões apontam como alternativas “viáveis num curto espaço de tempo e com necessidade de implementação a curto espaço de tempo” a “zona confinante a norte do jardim público de Angra do Heroísmo”, onde seria possível “criar estacionamento pendular de viaturas para gerar rotação permanente” e, paralelamente, a “zona junto ao tanque de azeite, perto do Relvão, aproveitando espaço que já está a ser utilizado”, para estacionamento de longa duração de modo a compensar a incapacidade de resposta do Bailão.
Sobre o projeto, as Comissões consideram que “a vertente de valorização do espaço da baía é muito positiva”, mas que há problemas estruturais na zona que não ficam resolvidos com a requalificação, nomeadamente o estacionamento e a zona do Porto das Pipas. Segundo estas, aquele Porto “vai continuar sem servir a cidade, o próprio porto e os comerciantes, já que continua sem se resolver o conflito de interesses entre a atividade portuária e a envolvente periférica e a atividade comercial. Apesar da tentativa de valorização do espaço em frente aos bares, não se tomou em devida consideração o exercício da atividade e dignificação dos espaços comerciais que ali funcionam”.
As opções que conduzem a projetos impactantes na cidade devem, na opinião da Comissões do Planeamento Urbano e do CCAH, serem “discutidas publicamente aquando da elaboração do programa”, para que não se partam de pressupostos que depois sejam considerados desacertados pela opinião pública.