Numa conferência de imprensa em Ponta Delgada para divulgar as conclusões de um fórum de empresários açorianos realizado na ilha Graciosa, Mário Fortuna sublinhou que apesar da situação de dificuldades ser “menos gravosa” no arquipélago quando comparada com a Madeira e o Continente “não pode constituir álibi para não mudar”.
Importa “reduzir o forte peso das despesas correntes da região na administração pública e em todos os seus subsetores, implementando, em simultâneo, a reorientação dos investimentos públicos para áreas reprodutivas em tempo útil”, advertiu.
O presidente da CCIA considerou também que o novo quadro comunitário de apoio em preparação pode constituir uma “oportunidade de se corrigirem rumos para o futuro”, admitindo que as eleições regionais de outubro “marcarão o início de um novo ciclo”.
Segundo sublinhou, as novas soluções para a economia açoriana devem assentar na “competitividade e na produção de bens transacionáveis e suscetíveis de serem exportados ou de substituírem exportações”, impulsionadas por novos sistemas de incentivos de relançamento do investimento privado.
Entre as prioridades apontadas pelo fórum dos empresários açorianos e destacadas por Mário Fortuna figuram igualmente a melhoria dos sistemas de transportes, através de políticas que “separem claramente a função social da função económica” e a criação de novos instrumentos de financiamento como as sociedades de capital de risco, de garantia mútua e fundos imobiliários.
Lusa