Empresários queixam-se de atrasos e cancelamentos de voos entre ilhas nos Açores

A Câmara de Comércio e Indústria de Angra do Heroísmo (CCIAH) alertou hoje para “frequentes atrasos e cancelamentos nos voos inter-ilhas” nos Açores, apelando à companhia aérea SATA que garanta a “mobilidade eficiente e atempada entre as ilhas”.
“A Câmara do Comércio e Indústria de Angra do Heroísmo expressa repúdio pela apatia manifestada pelo conselho de administração da SATA em relação aos frequentes atrasos e cancelamentos nos voos inter-ilhas, os quais têm causado elevados prejuízos para as empresas, em especial para aquelas que operam no setor do turismo”, lê-se num comunicado de imprensa da associação.
A associação empresarial das ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa revela ter recebido nos últimos dias “múltiplos relatos de empresários e comerciantes locais a dar nota do impacto negativo da irregularidade dos serviços de transporte aéreo nas suas atividades”.
“Não podemos continuar a exigir que os empresários invistam na criação de produtos turísticos diferenciados e na oferta de experiências de qualidade, quando não existem bases viáveis e confiáveis que sustentem o sucesso desses investimentos no futuro”, aponta.
Os empresários apelaram à SATA, única companhia aérea que efetua os voos entre ilhas nos Açores, que assegure “padrões mínimos de mobilidade aérea que ofereçam segurança e previsibilidade”, alegando que as falhas “comprometem seriamente” a reputação do destino e a viabilidade económica e financeira das empresas.
“Se ao setor empresarial caberá investir para gerar riqueza na região e disponibilizar serviços de excelência, à SATA e à Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas caberá zelar pelo cumprimento integral das obrigações de interesse público, garantindo uma mobilidade eficiente e atempada entre as ilhas”, sublinham.
A associação empresarial, liderada por Marcos Couto, refere já ter contactado, por duas vezes, a administração da companhia aérea e a secretaria regional, “solicitando a normalização da operação aérea e a resolução dos constrangimentos identificados”, mas até ao momento não recebeu “qualquer resposta ou sinal de abertura”.
“Esperamos que, a partir deste apelo público, as entidades envolvidas se comprometam, de uma vez por todas, a corrigir as anomalias verificadas”, salienta.

 

Lusa

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