Empresas querem receber parte dos financiamentos para capitalização

A Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH) defendeu hoje a afetação aos Açores de parte dos financiamentos de que a banca vai dispor para capitalização das empresas ao abrigo do programa de assistência financeira a Portugal.

Para que isso aconteça, Sandro Paim, presidente da associação que representa os empresários das ilhas Terceira, Graciosa e S. Jorge, propôs a intervenção do Governo Regional dos Açores e dos responsáveis locais de bancos com atividade no arquipélago.

Sandro Paim salientou que, devido aos problemas de tesouraria que tem vindo a criar, a banca está a funcionar como um “entrave preocupante e alarmante”, alertando que, se a posição dos bancos “não se alterar, haverá um crescimento exponencial das falências” de empresas em todos os setores económicos do arquipélago.

O presidente da CCAH, que falava à Lusa a propósito de um ‘meeting empresarial’ de dois dias que a instituição promove a partir de hoje em Angra do Heroísmo, na Terceira, admitiu também que a situação de crise pode impôr às empresas açorianas a necessidade de fusão ou incorporação.

“O sector empresarial dos Açores é muito retalhado, sendo preciso criar empresas de média dimensão”, afirmou, adiantando que, apesar da propriedade familiar de muitas empresas, a situação atual requer “uma gestão profissional”.

A fusão e incorporação de empresas é um dos temas em discussão no ‘meeting empresarial’ organizado pela CCAH, que pretende “aproximar os empresários e perceber as suas dificuldades”.

A iniciativa inclui reuniões, workshops e exposições, contando com a participação de representantes de entidades bancárias, do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI), do Governo Regional e da Agência de Promoção do Investimento dos Açores (APIA).

Esta reunião decorre depois da divulgação dos resultados de um inquérito promovido pela CCAH que revelaram as dificuldades dos empresários das ilhas Terceira, Graciosa e S. Jorge no acesso a financiamentos bancários previstos por linhas de crédito criadas pelo Governo Regional.

O questionário apurou que, entre as principais causas do problema, figura a exigência pela banca de “garantias adicionais” que as empresas não conseguem satisfazer.

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