“Pensei que era uma experiência e pensei que os 4,3 mil milhões de [endereços] seriam suficientes para essa experiência”, disse Cerf, que tem na actualidade o cargo de “Evangelista Chefe da Internet” no gigante tecnológico Google.
“Quem raio é que sabia quanto espaço de endereços é que iríamos preferir”, acrescentou Cerf, numa entrevista a um grupo de jornalistas.
O investigador, que criou o protocolo IPv4 no âmbito de uma experiência para o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, afirmou também que nunca pensou que tal experiência “não teria fim”.
Com as empresas do sector a dar o tudo por tudo para criar um novo protocolo, o IPv6, com biliões de novos endereços, Cerf disse que, até lá, a Internet não vai acabar.
“Não significa que a rede acabe, só significa que não a podemos construir muito bem”, afirmou.
Os endereços IP são sequências únicas de números atribuídos a cada computador, sítio na Internet ou outros aparelhos ligados à rede.