A Diretora Regional da Energia afirmou, em Ponta Delgada, que a energia “é fundamental na construção de cidades inteligentes”, contribuindo, simultaneamente, para um “desenvolvimento sustentável, que aproveite em pleno as potencialidades dos Açores em termos de geografia, recursos naturais, capital humano e produtos, ao ser capaz de combater as alterações climáticas, através do equilíbrio entre o crescimento económico e o ambiente”.
“É essencial fomentar a ciência, a inovação, a tecnologia e a digitalização no setor energético, tornando-o num dos principais vetores para a criação de cidades inteligentes, ou seja, espaços urbanos que usufruem do uso intensivo de Tecnologias da Informação e Comunicação para otimizar o seu planeamento e a sua gestão, usando os recursos de forma eficiente e sustentável, alcançando-se, assim, uma maior qualidade de vida dos cidadãos e das próximas gerações”, frisou Andreia Carreiro, que falava na conferência ‘Smart Cities Tour 2019 – Alterações Climáticas’.
A Diretora Regional salientou que a Estratégia Açoriana para a Energia no horizonte 2030, assente na transição energética, “propõe uma nova arquitetura do sistema energético, descentralizada, interligada, multinível e multissetorial, alinhada com o conceito de uma rede ou cidade inteligente, de modo a alcançarmos uma energia limpa, fiável, competitiva e acessível a todos os Açorianos, na construção de cidades inteligentes, inclusivas e prósperas”.
Andreia Carreiro destacou ainda o papel que os municípios devem assumir nesta transição para cidades inteligentes, “fazendo o máximo proveito da proximidade que têm com a população, na gestão da eficiência energética das infraestruturas públicas, na criação de uma rede de transportes integrada com uma forte aposta na mobilidade suave e no estímulo e promoção da mobilidade elétrica através de medidas de discriminação positiva, como a criação de estacionamentos gratuitos e reservados para veículos elétricos e a aposta na colocação de pontos de carregamento de veículos elétricos em zonas habitacionais, em linha com o Plano de Mobilidade Elétrica dos Açores”.
“A abordagem integrada que fazemos à energia é o resultado da nossa condição insular, que nos impulsiona a assegurar uma utilização e gestão ótimas dos nossos recursos e infraestruturas, dentro das fronteiras de todas, e cada uma, das nossas ilhas e cidades”, referiu Andreia Carreiro.