O grupo de trabalho encarregado de avaliar a implementação do Enfermeiro de Família na Região Autónoma dos Açores, considera que a figura deverá ser implementada “como experiência piloto”.
No relatório entregue ao secretário da Saúde, o grupo conclui que “a implementação do enfermeiro de família, como método organizativo de cuidados constitui-se viável”, tendo em conta que o ratio enfermeiro/família na região é, actualmente, de um enfermeiro para 247 famílias, todavia, uma vez que a sua implementação é multidimensional, o grupo propõe que, estrategicamente e numa primeira fase, a figura “seja empreendida em experiência piloto”.
No trabalho desenvolvido, ao longo de quatro meses e depois de ouvidas várias entidades, o grupo chegou também à conclusão que a viabilidade do enfermeiro de família implica “criar equipas de saúde familiar constituídas por enfermeiro, médico e assistente técnico que irão constituir o núcleo central da prestação de cuidados à família”.
O relatório agora apresentado, refere, de igual modo, ser importante “promover a formação profissional dos enfermeiros”, de modo a garantir o desempenho de funções, de acordo com o perfil preconizado e a enfrentar os desafios com confiança, segurança e satisfação.
Oportunamente serão indicadas as unidades de saúde escolhidas para desenvolver esta experiência.
O grupo de trabalho, criado por despacho do secretário regional da Saúde, foi constituído por profissionais da Direcção Regional da Saúde, da Ordem dos Enfermeiros e das Unidades de Saúde da Região.