A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo adiantou, esta tarde, que já foi criada a Entidade Coordenadora da Sustentabilidade do destino Açores, sendo mais um passo necessário no processo de certificação.
“Esta entidade funcionará sob dependência desta Secretaria, mas com uma colaboração de esforços transversal a todo o Governo, aos municípios, às empresas, associações e até à população em geral, tal como recomendado pela GSTC e Earthcheck”, explicou Marta Guerreiro que falava, em Ponta Delgada, na sessão de apresentação da BCSD: A Sustentabilidade das Empresas e da Região: oportunidades para o Século XXI”.
“A certificação permitirá um reforço do posicionamento estratégico internacional e da notoriedade do destino turístico Açores, alinhando-o com uma crescente consciência internacional dos consumidores, já bem visível nas novas gerações e na sua capacidade de influência sobre as demais”, acrescentou.
Segundo a titular da pasta do Turismo, “a decisão de certificar o destino representa um compromisso de todos os açorianos para com o futuro, um futuro onde queremos ser mais resilientes e onde queremos estar na vanguarda de um desenvolvimento turístico responsável, com salvaguarda pela melhoria das condições de vida da nossa população, em respeito pelo nosso principal “ativo” turístico: a nossa natureza preservada, com valorização das nossas raízes identitárias culturais e também com a valorização da nossa produção regional”.
Na sua intervenção, a governante adiantou que o executivo açoriano está também “a ultimar o englobamento da política de sustentabilidade do destino no âmbito do Plano Estratégico e de Marketing dos Açores – um reforço claro de uma estratégia que se quer cada vez mais consolidada neste processo de certificação”.
Marta Guerreiro explicou que “a informação estatística, o seu acesso facilitado e o debate em torno da evolução dos dados assumem uma grande relevância para a tomada de decisão e melhoria contínua, enquanto uma base para qualquer processo de certificação”, já que a premissa central passa por ter presente que “só se consegue gerir bem, o que se consegue medir”.
Segundo a Secretária Regional, “já muito se fez nos Açores”, mas pretende-se fazer mais, nomeadamente “na educação para o ambiente, para a eficiência energética, para a redução do desperdício, para a reciclagem, mas também para a importância do turismo no desenvolvimento económico da Região”, que merecerão uma “grande atenção” nas matérias educativas ao nível da sustentabilidade.
A titular da pasta do Turismo referiu também a criação de “um fórum colaborativo para empresas e instituições que se denomina Cartilha de Sustentabilidade dos Açores, ao qual cada entidade adere voluntariamente e onde define objetivos anuais, devidamente alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas”, sendo neste momento 59 as instituições açorianas que a subscreveram.
O início do processo de certificação de sustentabilidade do destino Açores decorreu em dezembro do ano passado, enquanto um compromisso do Governo, à margem da conferência internacional “Açores 2017: no rumo do turismo sustentável”.
“São ainda apenas 9 os destinos certificados em todo o mundo, pertencentes a apenas 4 países, em que nenhum deles é um arquipélago”, frisou Marta Guerreiro, acrescentando que a certificação decorre ao abrigo dos critérios de destinos sustentáveis da Global Sustainable Tourism Council e através da entidade certificadora internacional Earthcheck.
