Escola encerrada nas Lajes do Pico devido ao mau tempo

A Escola Básica e Secundária das Lajes do Pico foi hoje encerrada, devido aos estragos provocados pela passagem da tempestade tropical Nadine pelos Açores, revelou a secretária regional da Educação, Cláudia Cardoso.

“Na Escola das Lajes do Pico, voou uma parte do teto do pavilhão e a própria escola tem alguns vidros partidos”, adiantou Cláudia Cardoso, à margem de uma conferência de imprensa sobre o início do ano letivo na região, em Angra do Heroísmo.

Segundo a governante, “foi decidido não haver condições para que os alunos se dirigissem à escola”, sendo que as crianças não chegaram a sair dos autocarros.

Cláudia Cardoso salientou que se estima que “segunda-feira será possível retomar as atividades normais da escola”, acrescentando, no entanto, que terá de ser realizado uma intervenção no pavilhão, que “está inundado e não funciona”.

Na conferência de imprensa, a secretária da Educação realçou que o arranque do ano letivo no arquipélago decorreu, na passada segunda-feira, com “absoluta normalidade”, salientando que “todas as escolas abriram” nesse dia, dotadas dos instrumentos necessários e com todos os professores colocados, “em claro contraste com o que aconteceu no resto do país”.

Segundo Cláudia Cardoso, este ano letivo tem “mais 45 alunos” nas escolas açorianas, representando um total de 41.553 estudantes, distribuídos por 40 unidades orgânicas, onde lecionam 4.893 professores e trabalham 2276 funcionários não docentes.

As escolas dos Açores têm este ano 807 docentes contratados, mais 30 por cento do que no ano passado, o que de acordo com a secretária regional se ficou a dever “à redução do número de alunos por turma, ao acréscimo do segmento de 45 minutos em português e matemática e ao alargamento da escolaridade obrigatória”.

A governante frisou que foram fixados grupos-padrão de 20 crianças por sala na educação pré-escolar, 23 alunos nos 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico e 25 alunos no ensino secundário, acrescentando que todas as escolas aplicaram esta diminuição de alunos por turma.

Cláudia Cardoso alegou que “não seria compreensível que o Governo procedesse a uma nova revisão” da matriz curricular, tendo em conta que passaram “dois anos” da última alteração e que teria provocado “uma diminuição brutal em determinados grupos de recrutamento”, sendo que a maioria das escolas reforçou as disciplinas de português e matemática com dois segmentos de 45 minutos semanais.

A secretária da Educação rejeitou ainda que exista uma desarticulação entre o currículo nacional e o regional, frisando que neste ano letivo a região tem “em todos os ciclos de ensino básico os mesmos segmentos” que o resto do país.

“A criação do Currículo Regional para a Educação Básica nunca pôs em causa a existência dos programas e das metas de aprendizagem que já existiam a nível nacional”, salientou.

Cláudia Cardoso revelou ainda que este ano começaram a ser fornecidos pequenos-almoços gratuitos nas escolas para todas as crianças, recordando que os alunos beneficiários da Ação Social Escolar têm direito a transporte gratuito e manuais escolares para o 1º ciclo.

 

Lusa

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