O acordo foi concluído em julho de 2015 entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Rússia, China, França e Reino Unido – e a Alemanha) e visa, em troca de um levantamento progressivo das sanções internacionais, assegurar que o Irão não desenvolve armas nucleares.
Conseguido depois de 21 meses de duras negociações, o acordo foi assinado, por parte dos Estados Unidos, pelo antecessor de Trump, Barack Obama.
As reacções a esta noticia não tardaram, com a Rússia a anunciar que está “profundamente desapontada” com a decisão do Presidente norte-americano, indicou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros, denunciando “uma violação grosseira do direito internacional”.
O antigo Presidente Barack Obama qualificou a decisão de “erro grave”, considerando que esta pode prejudicar a credibilidade dos Estados Unidos no mundo.
Entretanto o Presidente iraniano, Hassan Rohani, anunciou que o Irão “vai manter-se” no acordo nuclear de 2015 após a retirada dos Estados Unidos, caso os seus interesses sejam garantidos, e tomará decisões posteriores em caso contrário.
Também o governo português “lamenta bastante” a saída dos EUA do acordo nuclear com o Irão, mas espera que esta seja “compensada” pela determinação dos restantes signatários de manterem a sua posição, disse à Lusa Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros.
Por outro lado primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, felicitou Donald Trump pela sua decisão em abandonar o acordo nuclear com o Irão e voltar a impor sanções ao país, logo após o anúncio transmitido pela televisão.
“O Presidente Trump tomou uma decisão valente”, disse Netanyahu, que agradeceu em nome de todos os israelitas as medidas do Presidente dos EUA “para travar a atitude agressiva do Irão”, afirmou.
Açores 24Horas c/ Lusa