A pobreza nos Açores “cresce a olhos vistos…estamos perante uma autêntica situação de emergência social”. A afirmação de Zuraida Soares sobressai nas alegações finais no debate do Plano e Orçamento que esteve em discussão na Assembleia Regional, e que para a líder do Bloco de Esquerda não responde às pessoas que sofrem, nem à economia da Região, considerando que o documento é “nada mais, nada menos, do que a continuação das políticas, das prioridades e das ações que … em vez de abrandarem o caos social, o têm aumentado”, assumindo que irá votar contra o documento proposto pelo Governo.
O Bloco de Esquerda considera que “são precisas ações imediatas que combatam, de forma rápida, o desemprego. Para isso, urge um plano sério e bem orçamentado de Reabilitação Urbana de espaços públicos e reabilitação urbana privada. Contudo, para além da propaganda, em campanha eleitoral, neste Orçamento, nada vimos”, manifestou, considerando que “se é verdade que não está ao alcance do Governo Regional impedir a tragédia imposta pelo Governo da República, é preciso exigir ao Governo Regional que cumpra o que prometeu nas últimas eleições regionais: “ser uma barreira às políticas nefastas do governo da República”.
O BE foi segundo Berto Messias, o único partido com o qual não foi possível chegar a consenso nas propostas de alteração apresentadas, no entanto Zuraida Soares sublinhou que “o governo que diz não ter dinheiro para aplicar medidas anticíclicas sérias, é o mesmo governo que coloca 31 milhões de euros no Orçamento para pagar parcerias público-privadas, e ainda se recusa a aceitar a proposta do BE para constituição de uma comissão técnica independente para analisar e renegociar estas parcerias com o sector privado.
Uma das medidas negadas, propostas pelo BE era o aumento de salário mínimo regional, em 10 euros, ou o aumento do complemento regional das pensões, em 15 euros.
O Plano e Orçamento proposto pelo Governo Regional para 2014 é votado hoje na Assembleia Legislativa Regional dos Açores.