Segundo uma nota de imprensa divulgada na página na Internet do executivo açoriano, o anúncio foi feito pelo Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, António Ventura.
O Secretário Regional revelou que está a ser preparado “um programa que concentra várias linhas de atuação para canalizar os apoios necessários para a repavimentação dos caminhos rurais e florestais que sofreram danos devido às calamidades naturais”.
O titular da pasta da Agricultura e do Desenvolvimento do executivo açoriano, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, falava hoje durante uma visita às obras de reparação do caminho agrícola denominado “Canada da Soca-Pico Melra”, na Freguesia dos Fenais da Ajuda, na Ribeira Grande, ilha de São Miguel.
O Secretário Regional da Agricultura adiantou que “as últimas chuvadas ocorridas nos Açores têm provocado imensos prejuízos nos caminhos rurais e florestais, estragos que já ultrapassam os 10 milhões de euros”.
No seu entender, a criação deste programa “vai permitir que as vias estejam transitáveis para darem acesso às explorações agrícolas”, já que muito destes caminhos são utilizados quer para a agricultura, como também pelos turistas no verão.
O governante sublinhou “que a Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural tem de atuar de outro modo, ou seja, tem de prever uma rubrica própria para os caminhos rurais e florestais nos Açores, numa tentativa de concentrar quer entre os florestais, quer entre o IROA (Instituto Regional de Ordenamento Agrário), aquilo que são recursos financeiros, equipamentos e recursos humanos”.
Neste sentido, “vai ser criado um programa que centralize esta coordenação de ação, na concentração de recursos e nesta mesma a previsibilidade de atuação”, acrescentou o governante, citado na mesma nota.
Para António Ventura, “importa perceber que há um percurso de alterações climáticas que cria muita imprevisibilidade, quer de intensidade, quer da época do ano até, em que as chuvadas podem acontecer no arquipélago, e com grande intensidade”.
O governante afirmou que é preciso “repensar-se no piso dos caminhos florestais e agrícolas, é preciso limpar as linhas de água, limpar e construir mais poços sumidouros de água e tudo isto tem que ser revisto, porque o clima alterou-se e é preferível atuar atempadamente, por forma a despender menos custos ao erário público”.
A Proteção Civil dos Açores identificou na terça-feira 25 ocorrências devido ao mau tempo nas ilhas Terceira e de São Miguel, entre derrocadas, inundações de vias e de casas.
A 06 de dezembro, a Secretaria Regional das Obras Públicas e Comunicações revelou que o mau tempo que assolou os Açores em outubro e novembro causou prejuízos de quatro milhões de euros na rede viária regional.
Lusa