“A intervenção no desenvolvimento turístico tem de se centrar cada vez mais na notoriedade dos destinos e no maior conhecimento do destino Açores junto dos principais mercados emissores”, explicou Vasco Cordeiro, durante a apresentação do Livro “”Marketing Turístico: Conceitos e Tendências”, em Ponta Delgada.
O responsável pela pasta da economia nos Açores adiantou que estão em curso algumas parcerias públicas e privadas que visam aumentar a notoriedade do destino Açores e o reposicionamento em alguns mercados.
No dia em que foram reveladas estatísticas que apontam para uma quebra nas dormidas na ordem dos 25,5 por cento na hotelaria açoriana, em janeiro de 2010 e face ao ano homólogo, o secretário regional da economia justifica o decréscimo com a “suscetibilidade do sector face a fatores externos” e a “contração a nível mundial”.
“Se analisarmos, esse decréscimo tem a ver fundamentalmente com um decréscimo muito substancial do mercado escandinavo, resultante da suspensão de um dos operadores turísticos que operava nesta área”, adiantou.
Vasco Cordeiro sublinhou ainda que “não existem receitas milagrosas que de um momento para o outro permitam resolver o assunto” e que o importante é traçar uma estratégia a médio-longo prazo que possa contribuir para potenciar um crescimento turístico ainda possível em 2010.
O secretário regional da economia espera poder ver os resultados das medidas implementadas pelo governo dos Açores para inverter a situação, a partir do mês de fevereiro, sobretudo no que toca ao reflexo das operações da SATA para Estocolmo e Copenhaga e às campanhas de promoção dos Açores no mercado escandinavo.
Vasco Cordeiro falava esta noite durante a apresentação do livro da autoria de João Couto, Carlos Faias e Cláudia Faias, docentes na área do Turismo, na Universidade dos Açores.
Trata-se de um manual dedicado aos alunos e que avalia as tendências de evolução do marketing turístico dos Açores comparativamente ao da Região Autónoma da Madeira.
Para Cláudia Faias, uma das autoras do livro, o marketing turístico dos Açores está em evolução, mas ainda numa fase muito inicial, que, por exemplo, os Estados Unidos já passaram há mais de meio século.
“Estamos numa fase em que o marketing adota um papel praticamente igual a qualquer departamento, como por exemplo a função da produção, dos recursos financeiros e humanos, enquanto nos Estados Unidos já existem muitas empresas em que o marketing já adota uma função integradora, em que o cliente é o principal objetivo da operação”, explicou.