A Casa Branca diz estar a levar a sério o aviso da Coreia do Norte de que entrou em estado de guerra com a Coreia do Sul, mas que as ameaças de Pyongyang seguem um padrão familiar.
“Temos visto as informações sobre uma nova declaração não construtiva da Coreia do Norte. Levamos estas ameaças a sério e continuamos em estreito contacto com os nossos aliados sul-coreanos”, disse na noite de sexta-feira (madrugada de sábado em Lisboa) Caitlin Hayden, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, citada pela AFP.
A Coreia do Norte anunciou horas antes que entrou em estado de guerra com a Coreia do Sul, numa declaração que vincula todo o governo e instituições do país.
“A partir de agora, as relações inter-coreanas entraram num estado de guerra e todos os assuntos entre as duas Coreias serão tratados de acordo com o protocolo de guerra”, anunciou a Coreia do Norte numa declaração que vincula todo o governo e instituições do país.
A declaração do Norte aumentou a preocupação internacional de que as tensões na península possam ficar fora de controlo.
“Notamos igualmente que a Coreia do Norte tem uma longa história de retórica belicista e de ameaças e que o anúncio de hoje segue esse padrão familiar”, acrescentou Hayden, observando que os Estados Unidos são plenamente capazes de se defenderem e aos seus aliados asiáticos.
“Nós continuamos a tomar medidas adicionais contra a ameaça norte-coreana”, sustentou, fazendo referência ao plano norte-americano para reforçar o sistema antimísseis.
Antes destas declarações da porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, o vice-porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, tinha dito aos jornalistas a bordo do Air Force One que Pyongyang era a culpada pela escalada das tensões e que os Estados Unidos estavam “em coordenação estreita não só com os seus aliados, mas também com a Rússia e a China, que também têm um grande interesse em resolver esta situação de forma pacífica”.
“O caminho para a paz para os norte-coreanos é claro”, indicou, aludindo à necessidade de travar a retórica belicista, terminando o programa nuclear colocando o seu povo em primeiro lugar, segundo reportou a AFP.
Lusa