EUA querem que Portugal pague reparação da pista

PISTA DAS LAJES. Plano americano prevê asfaltagem de uma faixa de 40 metros de largura em toda a extensão da pista.

 

Os Estados Unidos entendem que Portugal deve pagar uma parte da reasfaltagem da pista da Base das Lajes, que se encontra em estado avançado de degradação.
Numa das últimas reuniões da Comissão Bilateral, o assunto foi abordado, segundo confirmou ao DI, ontem à tarde, o representante açoriano nesse organismo.
O plano americano (a concretizar em 2009) para a intervenção já está definido: a asfaltagem de uma faixa de 100 metros de largura em toda a extensão da pista (cerca de quatro quilómetros).
“Trata-se de uma obra urgente. Esta pista num foi intervencionada em toda a sua extensão. Portanto, temos a noção de que se trata de uma obra urgente”, adianta André Bradford.
O representante açoriano na comissão bilateral confirma que os norte-americanos apresentaram esse projecto e que, ao mesmo tempo, deram indicação de que entendem que Portugal deve co-financiar os custos da obra, estimados em 20 milhões de dólares.
“Essa ideia foi transmitida. Da parte portuguesa foi emitida a opinião de que a divisão dos custos deve fazer-se em função do esforço de utilização da pista. Porque dividir os custos em função da frequência de utilização das aeronaves, significaria que Portugal ficaria com a conta maior”, adianta.
Segundo fontes militares, se a fórmula de divisão dos encargos entre os dois países tiver por base o esforço de utilização (o impacto que as aeronaves provocam ao aterrarem e descolarem naquela pista), os Estados Unidos podem assumir cerca de 80 por cento dos custos (cerca de 16 milhões de dólares).
As mesmas fontes adiantam que essa opção faz mais sentido, até tendo em conta as possíveis utilizações futuras da pista: o treino de caças F-22 “Raptor”, F-35 e o trânsito no âmbito do Africom.
“Nós, de qualquer forma, entendemos que Portugal deve contribuir nos custos dessa empreitada”, sublinha André Bradford, recusando que a Região fique com uma fatia da factura.
“Não se pode dizer que seja garantido que os Açores não pagarão nada. Mas, até ao final deste processo, vamos defender a ideia de que a nossa dimensão não permite essa situação”, sublinha.
Segundo fontes militares, ainda não estão decididos os prazos para a realização da obra. Certo é que a pista funcionará nesse espaço, embora os militares admitam que, por exemplo, a TAP tenha de recorrer a aeronaves de menores dimensões. 

 

in DiarioInsular online

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here