A Eurodeputada Patrão Neves realizou uma jornada de trabalho, organizada por Carlos Anselmo, Presidente da Concelhia do PSD da Ribeira Grande, junto dos agricultores das freguesias da Maia e da Lomba da Maia, que considerou ter sido “muito importante pelas informações que recebi dos lavradores e também reações que colhi às informações que transmiti ” num processo que defendeu ser “a minha forma de atuação, junto dos profissionais dos sectores que represento nas comissões no Parlamento Europeu”.
A iniciativa, que se desenrolou em dois momentos, começou pela visita a duas explorações agrícolas, na Maia e na Lomba da Maia, seguida de uma palestra/debate com os agricultores locais, na Casa do Povo da Lomba da Maia. Das visitas às explorações, Patrão Neves destacou a “importância de perceber as principais dificuldades que os agricultores vivem no seu dia-a-dia, levando deles uma mensagem muito forte: querem trabalhar, estão empenhados no desenvolvimento da agricultura açoriana, mas também precisam de apoio, sobretudo das entidades regionais, o qual não se esgota na distribuição dos fundos que chegam quase na totalidade da União Europeia. A nível regional importa investir muito na simplificação e agilização de procedimentos administrativos, por exemplo na apreciação de projetos e acesso a apoios, como ação sem custos significativos que reverte em prol da dinamização do tecido produtivo e da economia em geral. Os incentivos a um maior nível de cooperação entre produtores permitiriam uma otimização dos recursos hoje disponíveis. Este é um caminho sem alternativa”, defende Patrão Neves.
Segundo a eurodeputada, embora os Açores não estejam obrigados a todas as alterações introduzidas pela nova política agrícola comum, devido ao POSEI, é “fundamental irmos ao encontro das novas orientações da PAC, de modo a preparar a agricultura na região para o futuro”, esclarecendo que existem ainda algumas novas orientações na futura PAC e que os agricultores açorianos podem beneficiar.
A finalizar, Patrão Neves afirmou que “no futuro, será difícil manter o mesmo nível de apoios para que, por exemplo, cada agricultor tenha a sua própria maquinaria privada, sendo mais rentável que haja uma utilização coletiva da maquinaria disponível o que, por sua vez, permitirá ao agricultor dispor de mais e melhor máquinas agrícolas. Hoje abre-se uma oportunidade para se ir de encontro à posição que defendo, de que as cooperativas e associações de produtores deverão ser centros de recursos técnicos e logísticos que facilitem o trabalho dos agricultores, maximizando rendimentos e minimizando custos. Há todo um novo paradigma que terá de ser assimilado pelos profissionais do sector”, disse a eurodeputada.