O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse hoje que espera ouvir “propostas credíveis” por parte do novo ministro das Finanças grego, Euclides Tsakalotos, na reunião onde se vai discutir o caminho a seguir relativamente à Grécia.
“Esperamos novas propostas do Governo grego”, disse Dijsselbloem, sublinhando que estas devem ser “credíveis”.
“Esperamos que as propostas sejam credíveis, para bem da zona euro e da Grécia”, afirmou.
O também ministro das Finanças holandês adiantou que vai reunir-se bilateralmente com o seu novo homólogo grego antes do início do Eurogrupo.
Euclides Tsakalotos, que não fez declarações à entrada para a reunião, substitui Yanis Varoufakis, que se demitiu na segunda-feira do cargo de ministro das Finanças grego.
Já o comissário europeu Pierre Moscovici disse que as instituições estão “disponíveis para trabalhar” em direção a um acordo mas, tal como o presidente do Eurogrupo, reiterou a necessidade de propostas “concretas”, “tangíveis” e “credíveis” para serem discutidas.
O responsável na Comissão Europeia pelos Assuntos Económicos e Financeiros afirmou ainda que neste Eurogrupo não será discutida qualquer reestruturação da dívida pública grega.
Por seu lado, o ministro da Eslováquia, Peter Kazimir, que tem sido muito crítico do Governo grego, disse estar muito “cético” de que se encontre uma solução hoje, afirmando que é preciso decidir para que lado se pende face à Grécia, em vez de prolongar discussões, e não excluiu uma saída do Euro.
Sobre um alívio da dívida, Kazimir considerou que esse é o “assunto mais delicado” entre os Estados-membros.
A reunião dos ministros das Finanças da zona euro antecede a de chefes de Estado e de Governo dos 19 países da moeda única, ambas para decidir o que fazer após o referendo de domingo, na Grécia na sequência da vitória clara do “não”, no referendo de domingo, à última proposta apresentada pelos credores.
É esperado que nas reuniões de hoje sejam apresentadas novas propostas de Atenas com vista a um terceiro programa de resgate (sem que o segundo tenha sido concluído), numa altura em que os bancos continuam encerrados na Grécia e mantém-se o limite de levantamento diário de 60 euros por pessoa.
Lusa