Duas dezenas de chefes de Estado e de governo, um antigo soberano e várias centenas de outras personalidades assistiram hoje à homenagem europeia ao antigo chanceler alemão Helmut Kohl, no hemiciclo do Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
O caixão, coberto com a bandeira europeia e transportado por oito militares alemães, foi colocado no centro do hemiciclo para a cerimónia, sem precedente na história da União Europeia (UE).
Três coroas de flores foram colocadas junto ao caixão: uma com as cores da Alemanha, outra em nome da UE e a terceira, da mulher.
“Helmut Kohl era um verdadeiro europeu e um amigo. A Europa deve-lhe muito”, afirmou na cerimónia o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
“Pai” da reunificação alemã e arquiteto do alargamento da UE, Helmut Kohl morreu a 16 de junho, aos 87 anos.
É a primeira vez que a UE organiza uma homenagem assim, em honra de um dos três dirigentes considerados “cidadãos honorários da Europa”, disse Juncker.
Os outros dois são o francês Jean Monet, que morreu em 1979, e Jacques Delors, de 91 anos.
Vários dirigentes que conviveram com Kohl não puderam assistir à cerimónia por razões de saúde, entre os quais Jacques Delors, Valery Giscard d’Estaing, Jacques Chirac ou Mikhail Gorbachev.
Entre os presentes figuravam a primeira-ministra britânica, Theresa May, o presidente francês, Emmanuel Macron, a chanceler alemã, Angela Merkel, o rei emérito de Espanha Juan Carlos e o antigo primeiro-ministro espanhol Felipe González e o ex-presidente da Comissão e ex-primeiro-ministro português José Manuel Durão Barroso.
Helmut Kohl, o homem que uniu a Alemanha, acreditava que só a união (de um país, de um continente) evitaria uma nova guerra. George Bush chamou-lhe o “maior líder europeu” da segunda metade do século XX.
Lusa c/Açores 24Horas / Foto-Lusa