Ex-diretor do FMI em prisão domiciliária numa residência de luxo em Nova Iorque

O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, foi transferido na quarta-feira para uma residência de luxo em Nova Iorque, onde ficará em prisão domiciliária até ao seu julgamento.

Strauss-Kahn ficará alojado numa residência luxuosa com quatro quartos na zona de Tribeca, em Manhattan, próxima do tribunal onde se tem de apresentar, noticiou a cadeia de televisão norte-americana CNN horas depois de o Supremo Tribunal ter dado autorização.

O apartamento, cuja renda mensal média está avaliada em cerca de 50 mil dólares (35 mil euros) e o preço de venda em 14 milhões (9,8 milhões de euros), tem uma sala de cinema, ginásio, spa, quatro casas de banho com banheira de hidromassagem e banho turco e um terraço.

Strauss-Kahn estava a residir num bloco de apartamentos em Manhattan desde a sua libertação, no dia 20, da prisão de Rikers Island, sob o pagamento de uma caução de um milhão de dólares e depósito de outros cinco milhões.

Inicialmente, Strauss-Kahn, acusado de crimes sexuais em primeiro grau, arriscando uma pena de até 25 anos de prisão, pretendia mudar-se para um edifício na zona leste de Manhattan, mas os vizinhos opuseram-se à sua mudança devido à presença constante dos jornalistas.

As autoridades norte-americanas decidiram então transferir Strauss-Kahn para um edifício próximo do “Ground Zero”.

Strauss-Kahn é vigiado dia e noite por câmaras e seguranças armados e usa pulseira eletrónica, estando autorizado a abandonar a sua residência apenas para se apresentar em tribunal, deslocações ao médico e serviços religiosos, sendo necessário alertar as autoridades com, pelo menos, seis horas de antecedência.

As saídas de casa não podem também ocorrer entre as 10 da noite e as 6 da manhã e as visitas estão limitadas a quatro pessoas de cada vez, além dos familiares.

A segurança de Strauss-Kahn foi atribuída à empresa Stroz Friedberg, a mesma que vigiou Bernard Madoff quando este se encontrava em prisão domiciliária.

Strauss-Kahn, de 62 anos e pai de quatro filhas, foi detido a 14 de maio e acusado de sete crimes de abuso sexual e tentativa de violação de uma imigrante africana de 32 anos, empregada num hotel de Nova Iorque.

O ex-diretor do FMI, que nega as acusações, terá de apresentar-se novamente a tribunal a 06 de junho.

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