“Um dos navios sofre um rombo na zona do tanque de combustível e há um derrame de combustível para as águas do Porto de Ponta Delgada”, descreveu o comandante Matos Nogueira, capitão do Porto de Ponta Delgada, durante o exercício Cachalote 2012.
No terreno, cerca de 30 elementos da Marinha e 15 da empresa Portos dos Açores, auxiliados por equipamento específico e meios marítimos, entre os quais embarcações semirrígidas e uma lancha da Polícia Marítima, ajudaram na colocação de barreiras no mar para contenção do combustível derramado, proteção da orla costeira e recuperação dos hidrocarbonetos.
“Temos duas ações imediatas: uma de contenção, através da colocação de uma barreira à volta do navio para evitar que o combustível se alastre ao resto do Porto, e outra a colocação de uma barreira para confinar todo o foco de poluição e evitar que se alastre a outras áreas quando a maré começar a vazar”, afirmou Matos Nogueira.
No Posto de Comando, instalado no Comando da Zona Marítima dos Açores, todas as operações eram analisadas ao pormenor com elementos da Polícia Marítima, Serviço Municipal de Proteção Civil de Ponta Delgada e das secretarias regionais das Pescas e do Ambiente.
Matos Nogueira frisou que exercícios do género são realizados com “alguma periodicidade”, mas destacou “a grande envergadura e a utilização de todos os meios à disposição” no teste hoje realizado no Porto de Ponta Delgada.
Esta noite, depois da realização do último voo, o Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, também vai ser palco de “um exercício de emergência à escala global”, no âmbito do processo de renovação da certificação deste aeroporto pelo INAC.
Segundo a ANA, empresa que gere os aeroportos nacionais, “para testar a capacidade de extinção de incêndios em aeronaves, será provocado um fogo real de grandes proporções a que se seguirá o salvamento e evacuação de acidentados para instalações hospitalares ou áreas de tratamento”.
Este exercicio vai envolver entidades como o Departamento de Salvamento e Luta Contra Incêndios (SLCI) da ANA, o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores e a Marinha e, segundo a ANA, vai permitir também testar “um inovador sistema centralizado de notificação de alerta da Proteção Civil dos Açores, que permitirá a rápida convocação de várias entidades”.
Lusa
