Exposição de vacas na Praça de Espanha contestada

A Liga Portuguesa dos Direitos do Animal considerou hoje estar em “total desrespeito pela legislação portuguesa e europeia” a exposição de vacas na Praça de Espanha, em Lisboa, no âmbito de uma campanha publicitária do turismo dos Açores. A associação ANIMAL também contesta o modelo publicitário e a utilização dos animais.

Em comunicado, a Liga Portuguesa dos Direitos do Animal (LPDA) afirma que “não é admissível” a exposição dos animais ao barulho e à poluição, assim como ao mau tempo que se faz sentir, sem qualquer abrigo para onde possam recolher.

    A LPDA cita a necessidade de uma licença camarária de ocupação de espaço e de uma vistoria dos serviços veterinários da autarquia para avaliar a segurança e bem-estar dos animais, assim como a salvaguarda da saúde pública.

    Para a LPDA, esta licença “foi passada sem o mínimo respeito por seres vivos”, que estarão a ser tratados “como objectos inanimados em exposição” e que esta situação estará em “total desrespeito pela legislação portuguesa e europeia”.

    As vacas expostas na Praça de Espanha fazem parte de uma campanha para publicitar o turismo dos Açores, que decorre até dia 25 de Janeiro em mais quatro praças de Lisboa, que estão decoradas com elementos alusivos ao arquipélago.

    A LPDA afirma que alertou na segunda-feira para a situação a Direcção Regional de Veterinária do Ribatejo e Oeste e o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, tendo estas autoridades ficado “de ir ver a situação”.

Entretanto, a ANIMAL, outra associação de defesa dos animais numa nota enviada às redacções, também contesta, o modelo publicitário escolhido, tendo já enviado um  protesto, via e -mail ao Governo Regional, através da Secretaria Regional da Economia.

Um documento que foi também endereçado, à  Direcção Regional do Turismo, Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, Associação de Turismo  dos Açores e Bolsa de Turismo de Lisboa.

A ANIMAL, pede ainda à Câmara Municipal de Lisboa e Direcção Geral de Veterinária, que no âmbito das suas competências, averiguem a licitude dos moldes em que estão a ser utlilizados e mantidos os animais, nomeadamente “cuidados com o  bem-estar  e as condições em que estão a ser mantidos”, afirma Rita Silva Vice -Presidente da ANIMAl,  em comunicado.

 

 

IN Lusa/AO Online

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