O Largo do Infante, na cidade da Horta, vai reabrir na semana que marca o 187.º Aniversário de elevação da Horta de vila a cidade, cuja data se assinala a 4 de julho próximo.
A notícia foi avançada esta segunda-feira, pelo Presidente da Câmara Municipal da Horta, no decorrer do ato público que põe termo à intervenção no adro da igreja das Angústias, incluída na primeira unidade de execução das obras da nova frente mar na Horta e que engloba, para além desta intervenção, a requalificação do Largo do Infante D. Henrique e a construção do futuro parque de estacionamento da Rua de São João.
Na ocasião, José Leonardo Silva apesar de reconhecer o atraso global da empreitada, que sofreu vicissitudes várias, preferiu valorizar a compreensão dos faialenses que, agora, será certamente compensada por uma intervenção que requalifica e moderniza um dos espaços públicos de maior referência da cidade.
“Acredito que os faialenses vão identificar-se com a intervenção realizada e que teve, também ela, um percurso difícil e coincidente com intempéries várias, entre as quais a passagem do próprio Furacão Lorenzo, e, mais recentemente, com a atual crise sanitária”, realçou José Leonardo Silva.
“Apesar disso, procurámos sempre as soluções que representassem menor constrangimento para a gestão pública, em termos financeiros e de execução de obra, por isso, face à incapacidade do empreiteiro inicial em prosseguir os trabalhos, o mesmo cedeu, na passada semana, a sua posição contratual à empresa Tecnovia, que agora dispõe de 90 dias para concluir o apetrechamento do novo posto de informação, no Largo do Infante, e o Parque de estacionamento da Rua de São João”, esclareceu o autarca.
Referindo-se ao adro das Angústias, que se encontrava já concluído antes de terem sido determinadas medidas restritivas e de confinamento devido ao Covid, José Leonardo Silva realçou a melhoria na acessibilidade e a relação que as pessoas já tinham com aquele espaço que agora sai reforçado.
“No futuro, poderemos, ainda, dotar o Faial e os faialenses de um conhecimento mais alargado sobre os primórdios do povoamento, tendo também por base o trabalho arqueológico desenvolvido naquele local, sob supervisão da Direção Regional da Cultura”, acrescentou José Leonardo Silva.
O autarca enalteceu, ainda, o trabalho da Comissão dos Assuntos Económicos da Paróquia de Nossa Senhora das Angústias que, “na altura certa, soube analisar e avaliar os desafios colocados pela intervenção e contribuir para a sua definição”.
Isso mesmo realçou o Padre Paulo Silva, Pároco das Angústias, para quem o projeto “resolveu um problema que havia no adro da igreja das Angústias, um espaço que se encontrava em terra e que nunca tinha sido arranjado por questões financeiras”.
“O projeto foi discutido com as pessoas que queriam discutir a obra e chegou-se a uma conclusão, envolveu-se a diocese, como não podia deixar de ser, e levou-se a bom porto as obras”, frisou o sacerdote, para quem, a crítica relacionada com a retirada dos muros, não alterou, em nada, “as características de um adro, muito pelo contrário”.
“Continua a ser um local de reunião, de convívio e o espaço primeiro onde a comunidade se reúne antes de entrar, portanto, com uma configuração diferente que, a meu ver, está bem, e que abre possibilidades de futuro para algum evento que queiramos organizar”, concluiu o pároco das Angústias.