A mancha esbranquiçada no mar, junto à Ribeira Grande, ilha de São Miguel, visível desde a última sexta-feira, resulta de uma descarga acidental de águas provenientes do sistema de lavagem da queijaria da BEL.
Fonte da empresa de lacticínios disse ao “Açoriano Oriental” que a descarga, “prontamente detectada e solucionada”, deveu-se a uma avaria eléctrica no sistema de bombagem dos efluentes, da fábrica para a Estação de Tratamento de Águas Residuais. “Resultou de uma descarga acidental e de reduzida dimensão de águas provenientes do sistema de lavagem da queijaria”, precisou a mesma fonte. Para a BEL, “tratou-se de uma situação pontual e sem consequências para o meio ambiente, ao contrário do que sucedeu durante décadas”. A BEL recorda que a Estação de Tratamento de Águas Residuais da fábrica da Ribeira Grande – inaugurada no ano de 2004 – tem capacidade para tratar a totalidade dos efluentes da unidade fabril.
O “Açoriano Oriental” visitou o local nesta segunda-feira, tendo confirmado a existência de uma mancha esbranquiçada junto à costa, embora mais dissipada e cuja natureza era dificilmente identificável a partir da falésia. Aliás, as seis pessoas contactadas no Porto de Pescas da Ribeirinha não se aperceberam dos efeitos da descarga, que confundiram com espuma provocada pela ondulação, “algo muito normal nos dias de vento”, disseram-nos. Os mesmos acrescentaram que após a construção da Estação de Tratamento de Águas Residuais da fábrica da Ribeira Grande “nunca mais houve problemas de descargas para o mar”. De qualquer modo não se pode afirmar que toda a população desconhecia o sucedido, uma vez que o “Açoriano Oriental” foi alertado para a presença de uma mancha poluente por um ribeira-grandense que tirou fotografias a 12 de Junho, tendo este cedido as mesmas a um jornalista no domingo, as quais serviram de ponto de partida para a reportagem. Leia esta reportagem na íntegra na edição desta terça-feira, 16 de Junho de 2009, do Açoriano Oriental .
Pedro Lagarto ( in AO)
