Os deputados do PSD eleitos pela Terceira manifestaram hoje uma “preocupação clara com o défice de agentes disponíveis ao efectivo da polícia de segurança pública (PSP) no concelho de Angra”, uma realidade “que vem de há longos anos e que se traduz actualmente na falta de 74 agentes nesta agora divisão, ou seja cerca de 30% do que está estipulado por lei”, explicaram esta tarde.
Segundo os social-democratas essa carência é notória “na falta de patrulhamento das cidades e face à multifuncionalidade a que a PSP se vê obrigada nos dias de hoje”, sendo que “Angra do Heroísmo é um caso paradigmático dessa falta, pois transforma-se numa cidade fantasma de noite, sem gente nas ruas, o que também se assemelha à vivência na Praia da Vitória e que pode ser relacionada com a falta de segurança dos cidadãos”, disse António Ventura.
O deputado foi quem deu voz às preocupações laranja, e falava esta tarde na cidade-património, após uma reunião mantida com os responsáveis pela PSP local, onde relembrou a proposta “feita pelo PSD a 22 de Fevereiro de 2006, de criação dos conselhos municipais de segurança”, órgãos que nunca entraram em funcionamento, “pese embora tenha sido uma proposta aprovada por todos os quadrantes políticos”, recordou.
O social-democrata considerou que “assim, não existem a nível local, as necessárias parcerias de entidades, cujos pareceres poderia ser extremamente úteis no combate à criminalidade e na manutenção da segurança”, assegurando mesmo que “estamos perante uma falha de avaliação social, em muito causada pela ausência destes órgãos e pela contínua manutenção de opções erradas também por parte da tutela”, criticou.
Sobre a eventual criação de uma força municipal de polícia em Angra, António Ventura avançou que “essa é uma opção vista com bons olhos pela PSP local, até porque permitiria a libertação de vários agentes do seu efectivo para outras funções onde são precisos”, isto embora o deputado avance que “é uma opção a requerer estudo, mas perfeitamente aceitável, pois está visto que há agentes da PSP a efectuar tarefas, tais como a verificação dos parquímetros ou os cortes de trânsito em tempo de festas, que poderiam ser asseguradas por essa outra força”, explicou.