O também ex-presidente do Conselho de Administração do Hospital de Ponta Delgada salientou que as dificuldades registadas nas urgências dos três hospitais dos Açores (Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta) estão relacionadas com um problema identificado há anos no SRS – a falta de médicos de clínica geral.
“Esse constrangimento faz com que os hospitais tenham de substituir os centros de saúde como ‘primeira porta de entrada’ no sistema”, referiu.
A título de exemplo, apontou o caso do Hospital de Ponta Delgada, dimensionado para receber nas urgências 30 mil pessoas por ano e que garante anualmente assistência a cerca de 70 mil.
Para os primeiros meses de um mandato “inamovível” (sem possível substituição) de quatro anos, Armando Anahory programou visitas aos hospitais e centros de saúde do arquipélago, visando inventariar as principais dificuldades do SRS.
A par disso, vai responder, por carta ou pela Internet, às queixas e reclamações dos utentes, funcionando como “elo de ligação” entre os serviços e os utilizadores.
Nos termos da legislação regional que criou o cargo, o provedor do utente da saúde dos Açores, embora nomeado pelo Governo Regional, é “uma figura totalmente independente e isenta nas suas decisões”.