Falta de nadadores-salvadores impede duas zonas balneares da Graciosa de erguer bandeira azul

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A falta de nadadores-salvadores fez com que três zonas balneares perdessem a bandeira azul atribuída este ano, uma vez que o critério de segurança exige “pelo menos dois nadadores-salvadores por praia”, disse à Lusa a Associação Bandeira Azul.

Símbolo de qualidade das praias portuguesas, o galardão não vai ficar hasteado na Praia de Quiaios, na Figueira da Foz, e nas zonas balneares do Carapacho e da Vila da Praia, em Santa Cruz da Graciosa (Açores).

Segundo a coordenadora nacional do programa Bandeira Azul, Catarina Gonçalves, estas praias “têm excelente qualidade”, mas “sem nadadores-salvadores é impossível hastear o galardão”.

A origem do problema da falta de nadadores-salvadores difere entre as praias afetadas.

No que diz respeito às zonas balneares de Santa Cruz da Graciosa, a situação “é recorrente, quase todos os anos é muito difícil encontrar nadadores-salvadores”, por “ser um sítio muito pequeno” onde não existe curso de formação para a atividade, sendo necessário a deslocação de profissionais para a ilha, referiu Catarina Gonçalves.

Como o concurso lançado pela câmara ficou deserto, as duas zonas não chegaram a hastear a bandeira, como já aconteceu várias vezes: a autarquia candidata-se anualmente e obtém a distinção, mas acaba por não conseguir erguê-la por não ter nadadores.

Em relação à Praia de Quiaios, o problema surgiu porque “os concessionários não conseguiram contratar nadadores-salvadores”.

Segundo o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), o galardão chegou a ser hasteado este verão, mas foi retirado na sequência de uma auditoria realizada este mês.

De acordo com a Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (FPONS), esta situação “tem a ver com as condições de trabalho oferecidas pelos concessionários, com salários baixos, pois querem rentabilizar ao máximo o seu negócio”.

Para resolver o problema e garantir a contratação de profissionais que garantam a segurança das praias, o presidente da FPONS, Alexandre Tadeia, defendeu que “a única solução é passar a responsabilidade às autarquias”.

A nível nacional estão atualmente certificados para o exercício da atividade “7.615 nadadores-salvadores, quando as necessidades são de 4.000”, informou o comandante Nuno Leitão, do ISN, para explicar que “não existe falta de profissionais, mas sim de condições por parte dos concessionários para os contratar”.

 

Lusa

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