Faltam bens essenciais na ilha do Corvo. Governo é acusado de “negligência”

O Corvo, nos Açores, está sem abastecimento por mar há 14 dias, estando em causa o “stock” de bens de primeira necessidade. Situação que levou o Partido Popular Monárquico (PPM) a acusar o Executivo “de negligência” por não assegurar o abastecimento regular da ilha.

“Tendo em conta as condições climatéricas adversas que se têm feito sentir nos Açores”, a ilha do Corvo “está sem abastecimento por via marítima há cerca de 14 dias, estando actualmente em causa o ‘stock’ de vários bens de primeira necessidade”, lê-se num comunicado do Governo dos Açores divulgado, nesta segunda-feira, no qual avança que vai tentar “assegurar o abastecimento extraordinário e alternativo ao Corvo ainda hoje”, por via aérea.

“Parte da mercadoria necessária será transportada no voo da SATA Air Açores SP589, que se realizará hoje à tarde caso as condições climatéricas o permitam, estando a ser ainda equacionada a realização de um segundo voo extraordinário para garantir a entrega de todos os bens que se afigurem necessários ao abastecimento da população da ilha do Corvo”, lê-se na mesma nota.

Prateleiras das lojas da ilha estão vazias
Este comunicado foi divulgado ao mesmo tempo que decorria uma conferência de imprensa do deputado do Partido Popular Monárquico (PPM) no parlamento dos Açores, Paulo Estevão, na qual denunciou “uma nova ruptura de ‘stocks'” no Corvo e acusou o Executivo “de negligência” por não assegurar o abastecimento regular da ilha.

“As prateleiras das lojas da ilha estão vazias e faltam já produtos alimentares essenciais. As reservas de combustíveis estão novamente em mínimos que permitem uma autonomia de alguns dias e a actividade económica da ilha há muito que vive extremamente condicionada pela falta de entrega de mercadorias quer no âmbito da construção civil quer na actividade comercial em geral”, denunciou.

O deputado refutou que a situação se justifique apenas devido às más condições meteorológicas e condenou “veementemente a actuação do Governo Regional nesta matéria”.

A empresa que ganhou o último concurso público para o transporte marítimo de mercadorias ainda não começou a operar e a que perdeu só o faz pontualmente, sublinhou, acusando o Governo dos Açores de não ter criado um plano de contingência para este período de transição.

 

Fonte : Rádio Renascença

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