O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia apresentou, em Bruxelas, algumas iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas nos Açores, nomeadamente “a designação de áreas marinhas protegidas por iniciativa de associações ou cooperativas de pescadores” e a promoção da Pesca Turismo como “forma de permitir desenvolver fontes de rendimentos adicionais à comunidade piscatória”.
Fausto Brito e Abreu falava terça-feira, à margem da Conferência Sailing Towards 2020, onde estiveram em análise os resultados do Eixo 4 do PROMAR, bem como o futuro do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas nas comunidades costeiras no período de programação 2014-2020.
Nesta conferência foram também discutidas várias iniciativas relacionadas com a diversificação de atividades nas comunidades piscatórias, a venda direta de peixe pelos pescadores a compradores locais através da Internet e o desenvolvimento de núcleos de turismo associados às atividades da pesca.
“Esta conferência reuniu algumas centenas de representantes de grupos de ação local costeira que apresentaram projetos e iniciativas que foram desenvolvidos com sucesso em diferentes regiões da Europa”, salientou o Secretário Regional do Mar, acrescentando que foi “muito útil” tomar contacto com alguns destes projetos, que “poderão ser relevantes” nos Açores.
Nesta deslocação a Bruxelas, Fausto Brito e Abreu teve também encontros com a Diretora Geral dos Assuntos Marítimos e das Pescas (DG MARE) da Comissão Europeia, Lowri Evans, e com deputados do Parlamento Europeu que seguem temáticas relacionadas com o Mar e as Pescas.
A Conferência Sailing Towards 2020 foi promovida pela Rede Europeia das Zonas de Pesca (FARNET), onde se integram todas as zonas de pesca apoiadas pelo Eixo Prioritário 4 do Fundo Europeu das Pescas, que prevê o desenvolvimento sustentável destas áreas através da revitalização das zonas mais dependentes da atividade piscatória.
Nesse sentido, são criados grupos de ação costeira, constituídos por agentes locais, nomeadamente parceiros públicos e privados, assim como representantes da sociedade civil e de organizações sem fins lucrativos, que são responsáveis por propor e implementar uma estratégia de desenvolvimento no respetivo território.
Cerca de 9.000 empresas e projetos foram apoiados por estes fundos comunitários.