Apesar de muito perdulário na primeira parte, o FC Porto chegou ao intervalo a vencer por 2-0, com golos do colombiano Freddy Guarin (13 minutos) e Falcao (23). Os azuis e brancos, que podiam ter chegado ao intervalo a golear, acabaram por sofrer nos minutos finais, depois de Clemente ter reduzido para o Desportivo de Chaves, despromovido à II divisão, aos 85 minutos.
Mesmo com a conquista do troféu, os azuis e brancos não se livraram de alguns assobios, sobretudo na segunda parte, em que jogaram a passo, sem agressividade, perante um Desportivo de Chaves lutador, mas sem armas para contrariar o favoritismo contrário.
Com este triunfo, os azuis e brancos igualaram o Sporting no número de troféus conquistados, mas ainda a nove do Benfica, a equipa com mais títulos, mantendo a tradição de nenhuma equipa secundária vencer a prova.
Apesar do pouco favoritismo, o Desportivo de Chaves ainda procurou surpreender no início da partida, dispondo da primeira grande oportunidade, aos nove minutos, com Edu a aproveitar uma má saída de Helton, para lhe colocar a bola por cima, acabando por acertar no poste.
Quatro minutos depois, o FC Porto, que tinha entrado algo trapalhão, inaugurou o marcador por Guarin, que ganhou em velocidade à defesa e rematou cruzado, mas fraco, com Rui Rego a deixar a bola entrar. A velocidade de Hulk ia fazendo estragos na defesa flaviense, que, aos 23 minutos, viu o brasileiro isolar-se e dar o segundo golo do FC Porto a Falcao.
Se deu um golo a Falcao, Hulk também poderia ter marcado nas três ocasiões (20, 25 e 32 minutos) em que surgiu isolado, mas não conseguiu marcar, tal como o avançado colombiano, que já nos descontos não conseguiu desviar na pequena área um cruzamento de Guarin.
O Desportivo de Chaves ainda conseguiu introduzir a bola na baliza de Helton, aos 37 minutos, mas o golo foi anulado por mão de Siaka Bamba.
Na segunda parte, apenas um remate de Miguel Lopes à barra e a famosa “onda mexicana” animaram as bancadas, até que Clemente, aos 85 minutos, aproveitou um desentendimento de Bruno Alves e Helton para reduzir.
O mesmo jogador, entrado minutos antes, voltou a criar perigo, num remate de longe, que Helton defendeu para canto, destino idêntico ao que uma “bomba” de Hulk viria a ter na outra baliza instantes depois.
Destaque ainda para as expulsões já em descontos do flaviense Ricardo Rocha e do portista Bruno Alves, que se poderá ter despedido do FC Porto da pior forma.